Se já não bastasse as verbas impróprias para um programa espacial de uma nação que almeja ser uma potência global, a "pieguisse" de terceiros está colocando em risco a expansão de nossa base de Alcântara. , estou falando da questão dos quilombolas.
Quando a base foi construída, várias famílias quilombolas tiveram que ser deslocadas de suas terras para agrovilas, de qualidade de vida inferior. Para expandir a base seria necessário remover tais quilombolas novamente. Infelizmente nisso entram muitas opiniões simplistas e ordinárias.
De um lado tempos os "defensores dos direitos humanos", ongs e associações que consideram inadmissíveis movimenta-los mais ou vez, ou realoca-los de uma vez por toda bem longe da base, acham que isso é desumano e arbitrário! Aliás, para eles, quem deveria sumir dali é a base. De outro temos os "cavalos doidos" da pátria e do progresso. Para eles, a base tem é que jogar um foguete em cima dos vizinhos, que são uma cambada de vagabundos, que não trabalham e ainda ficam se deixando influenciar por "ongs" que são fachadas para interesses das potências imperialistas que não querem ver nosso desenvolvimento.
Mas o problema não é algo que possa ser resolvido de forma tão simples. É um erro, antropólogos e sociólogos demarcarem terra para etnias como se estas fossem compostas de animais selvagem que tenham a necessidade de um habitat fixo. Líderes locais, muitas vezes com anseios egoístas de se manterem no poder de suas comunidades, inflamam discursos vazios e falaciosos contra algo que poderia servir de benefício para todos nós. É muita cretinice achar que o melhor a fazer é deixar essa famílias onde estão e vivendo a vida que vivem, achar que isso é humano então é alienação das bravas.
Com o pleno desenvolvimento da base e com os devidos incentivos e verbas para o nosso programa espacial Alcântara terá tudo para se tornar mais um pólo tecnológico, com isso virão as necessidades e os benefícios próprios delas. Necessidade de mão de obra especializada, criação de cursos técnicos e faculdades, melhorias na infra-estrutura da região são só alguns dos exemplos.
Os moradores locais poderiam usufruir muito bem desses benefícios. Se não, há outras opções como move-los para uma área bem longe da base, mas dar a eles condições bem melhores do que as que dispõem hoje. A base também poderia dedicar uma pequena parte de seus recursos, por no máximo 5 anos, para enriquecer a infra-estrutura do novo lar de seus antigos vizinhos.
Seja qual for a decisão, que ela seja feita pensando no futuro, decisões com resultados a longo prazo são sofridas para as gerações presentes, mas são as que dão melhores frutos, não se pode tentar decidir algo importante para todo o país, limitando o olhar apenas para um local, dignidade não é sobreviver em um pequeno pedaço de terra herdado de seus ancestrais, dignidade é viver sendo consciente da caixa de surpresas que é o universo e tendo condições de explora-la.
Nenhum comentário:
Postar um comentário