segunda-feira, 23 de julho de 2012

Pernas cibernéticas e trajes mecanizados.

Já faz algum tempo e eu postei uma notícia no site do grupo PET Mecatrônica/BSI do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, Campus Juiz de Fora, sobre as "Hercule", pernas mecatrônicas que o ministério da Defesa Francês está adotando para as suas forças. Elas, que são silenciosas e fáceis de usar, tem autonomia de cerca de 20km, alcançando velocidade de 4km/h e suportando 100kg de carga. Entre suas aplicações estariam missões de infiltração e uso por parte do pessoal de armamentos pesados. Apesar de não parecer grande coisa (a velocidade não é alta, elas não oferecem proteção adicional ao seu usuário, provavelmente limitam os movimentos do mesmo) as Rb3d Hercule dão os primeiros passos rumo à adoção de trajes mecanizados.


Rb3d Hercule



A história dos trajes mecanizados começa em 1890, com um inventor russo chamado Nicholas Yagin, que fez um sistema, usando gás comprimido para "armazenar energia" e aprimorar a força de movimentos humanos. Em 1917 um inventor norte-americano chamado Leslie C. Kelley inventou uma máquina à vapor chamada de pedomotor e que acompanhava os movimentos de seu usuário. Em 1959, Robert A. Heinlein difunde a ideia do uso de exoesqueletos em seu romance "Tropas Estelares", ele foi o primeiro autor de ficção científica a usar tal conceito em uma de suas obras. No ano seguinte surge o Hardiman, o primeiro "exoesqueleto" em sí. Desenvolvido em conjunto pelos militares norte-americanos e a General Eletric, o traje podia fazer um ser humano levantar 110kg como se fossem meros 4,5kg e usava sistemas hidráulicos e elétricos. O Hardiman porém era muito limitado, ele era pesado, sua velocidade muito baixa e ele era muito complexo, testes com o exoesqueleto inteiro resultavam em perda do controle e movimentos violentos, o projeto teve que ser abandonado.


Hardiman





O interesse pelo desenvolvimento de trajes mecanizados porém nunca diminuiu. A promessa de uma vestimenta que aumente a força e a velocidade de um soldado e ainda proporcione proteção extra à ele é tentadora demais para ser largada ao esquecimento. O argumento foi explorado amplamente na ficção, como nas séries warhammer 40k e com o personagem homem de ferro. Hoje existem pelo menos 8 modelos de "exoesqueletos" (contando com as pernas hercule, que fazem parte do projeto hercule para um exoesqueleto completo). A maior parte da pesquisa no ramo é norte americana e os japoneses são entram em segundo lugar na tecnologia.

XOS, um exoesqueleto norte-americano

Eu pretendo produzir, aqui no blog, um dossiê sobre essa tecnologia, suas aplicações civis e militares (principalmente militares), seus desafios, o que temos, o que teremos e como ela poderá afetar a guerra futura. Não estranhem demoras nas postagens, ou postagens pequenas e fora do tema, porque pretendo produzir o material aos poucos, com calma, para que fique algo bem feito. No mais isso é tudo.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

A volta dos que não foram

Estou voltando com as atividades em meus blogs. Infelizmente estou um pouco frio com relação ao assunto deste e vai demorar mais um pouquinho para eu postar qualquer coisa aqui.

Vou no entanto fazer uma propaganda (mesmo sem ter atestado a qualidade do produto): Recentemente eu vi na Saraiva (junto com meu amigo panzertruppe, que veio dos confins de Minas para prestar vestibular de meio de ano para o IF sudeste) o livro "Blindados no Haiti, uma experiência real", do Expedito Bastos, coordenador do UFJF Defesa. Eu ainda não li o livro, mas a competência do autor para esse assunto já é mais que comprovada e por isso fica aqui a recomendação. Eu mesmo vou arrumar um jeito de adquirir um exemplar o quanto antes.



No momento isso é tudo. Até mais ver.